terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quem somos nós?




Ao longo dos anos sempre me deparei com a insignificância que somos perante o mundo, e uma causa que um dia chega a todos nós: a morte.
Nesse dia 28 de dezembro de 2010, essa causa chegou novamente a minha casa. Uma cadela chamada Java que estava há 11 anos conosco morreu. No caminho para enterrá-la comecei a pensar novamente na insignificante presença nossa no universo, e no tamanho do nosso ego ao pensar que fazemos diferença para o mesmo.
É realmente um absurdo pensar que realmente fazemos falta em algum lugar. Sei que na maioria das vezes as pessoas nem sentirão essa falta, pois estão ocupadas demais pensando na vida hipócrita e boçal a ponto de não reparar nos outros a sua volta.
A maioria de nós esta aqui vagando livremente por um mundo aonde não irá deixar nenhuma contribuição, e muito menos nos favorecer dele. Essa maioria não tem propósitos de vida. Para essa maioria basta uma vida com um nível que sempre teve, não pensando em evoluir.
Agora a minoria das pessoas está aqui por algum propósito, seja por um bom ou um ruim. Veja Adolf Hitler que provou ao mundo ser um grande líder, usando com maestria a comunicação e a propaganda para divulgar suas idéias a seu favor, mesmo sendo um motivo considerado mal para nossa época. Temos também o exemplo de Ghandi, John Lennon, entre muitos outros que dedicaram muito de sua vida em prol da paz mundial. Temos também símbolos de igualdade e justiça criados pelo próprio ser humano, com o intuito de promover a solidariedade, igualdade social, respeito ao próximo e mostrar que quando queremos, podemos ser bons.
Para essas pessoas, deixar sua marca é tão importante quanto a preocupação com a morte. Essa que nos amedronta, tira o nosso sono, e nos deixa muito tristes quando chega ao nosso lado, mas que também nos dá o empurrão de nunca desistir e nem deixar pra depois a realização dos nossos sonhos.
Aliás, o que é um corpo em estado de decomposição para quem vive eternamente em seus ideais? Será que somos tão apegados assim a bens materiais? Será que não podemos simplesmente agir de uma forma mais natural e sincera em relação as nossas vidas? Será que somos tão prepotentes e arrogantes para não perceber que o mundo gira muito bem sem a nossa presença?

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