terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sorry Guy



Desculpe minha mãe, se não fui um bom filho
Por apenas querer ser eu mesmo
E não ser bem humorado ao amanhecer

Desculpe meu irmão, se não fui um bom cúmplice
Por não te dar atenção
E não comparecer quando precisou de mim

Desculpe meu amigo, se não fui um bom parceiro
Por não acreditar em você
Enquanto sempre tentou me defender

Desculpe meu amor, se não fui um bom amante
Pelas horas perdidas em brigas
E por não te dar o devido valor

Desculpe natureza, se não fui um bom humano
Descartando a destreza
E chorando com tristeza mais um fim de ano

Me desculpo aos versos, sempre aos retrocessos
Escritos ao inverso, indo além do universo

E você, se desculpa pelo que?
Quando não tem o que fazer?
Quando olha o sol ao amanhecer?
Quando a sua luta se perder?
Ou quando vê a liberdade morrer?
E você, se desculpa pelo que?

Recomeçando...

Aqui estou eu. Mais uma noite como qualquer outra sentado na cadeira na frente do computador, esperando algo novo surgir na minha cabeça para os projetos futuros do Yodo. Tudo que eu consigo pensar é que meu dedo está inflamado me impossibilitando de tocar, e no que vem acontecendo utimamente em minha vida.
Claro que minha vida não é excepcional como muitas pessoas acham que é. Comecei a sentir o peso de ser conhecido em alguns cantos, quando vou a algum lugar e todos sabem meu nome, ou o que eu faço da minha vida. Em alguns momentos não posso reclamar, pois é o que eu procurava, não é? Meu trabalho sendo reconhecido em todas as minhas áreas de atuação (publicidade, marketing, webdesign, professor e enfim músico), um ano de muitas conquistas, incertezas, esperança, novas amizades e novos objetivos.
Mas algo que realmente parei pra pensar nesses últimos dias é o que é felicidade, o que é amar, o que é se sentir realizado.
Sei que muitas pessoas devem achar que a verdadeira realização está na vida profissional ou amorosa. Mas digo o contrário: Não há felicidade individual, ambos se completam.
Desde 2007 quando saí de casa e passei vários apuros, vi que nunca é demais lutar pelo seus sonhos. Passei fome, frio, solidão... mas hoje sei que nada disso foi em vão. Hoje sou mais justo, mais homem, mais sensível, mais forte e mais humano.
Aprendi que para sermos mais felizes temos que aprender a partilhar nossa tristeza, nossas alegrias e nossas conquistas e percebi que para partilharmos, temos que aprender a conviver com diferenças, a respeitá-las e agregá-las a nossa fonte de conhecimento vivencial, mesmo que seja abrir mão de nossas próprias vontades em prol de uma vida melhor sua e do próximo.
Nessa semana revivi de novo aquele sentimento que todos temos na empolgação de algo novo. Pra mim esse sentimento foi ligado à música. Sabia que nos auge dos meus 15 anos havia acabado de descobrir algo que podia mudar minha vida. Uma nova forma de expressão de sentimentos que vai além do que a maioria pode entender. Ao ler uma revista com a biografia e história de um dos meus guitarristas prediletos, vi que ele foi quem foi não só por amor à música. Mas sim por acreditar nos seus ideais, e saber que a base de tudo está em quem te cerca. O guitarrista em questão era Randy Rhoads, falecido em 1982, mas que por seu talento único nunca foi barrado de seguir os seus instintos, fazendo assim, em seu pouco tempo de carreira grande discos lembrados até hoje, me fazendo re-pensar toda a forma de enxergar as coisas, unidas a fatos muito recentes que novamente mecheram com a minha cabeça.
Essa linha de racionínio me fazia pensar porque eu desisto muito rápido de umas coisas e insisto demais em outras. Acho que na verdade é por instinto, e não por vontade. E foi com esse pequeno empurrão que volto ao começo do texto. Estou aqui sentado novamente buscando algo novo, buscando me aprimorar e progredir, tentando assim deixar a minha contribuição no mundo.