Estou no alto de uma montanha sentindo o vento cortante em meu rosto. Apesar do vento ser cortante, não sinto como se me cortasse, apenas como se estivesse me afegando. Vejo todas as cores, sinto todas as sensações que o ambiente em volta me leva. Também sinto a sensação de onipresença, virtuosismo, extrema força e invulnerabilidade.
Sinto que aquele mesmo vento cortante começasse a me levantar. Ao menos perceber, voava para qualquer direção em qualquer velocidade que quisesse. Passava por cima de cidades, campos, mares. Via a beleza do planeta, mas via também a arrogância, o menosprezo, o desrespeito e a maldade do ser humano.
Eu não quero ser o seu herói. Sei que vocês não merecem a atenção de alguém que queira salvá-los.
Quem somos nós para dizer o que é certo e o que é errado? Quem somos nós para ditar um rumo para a sociedade? Quem somos nós para saber se queremos ser salvos?
Nós forjamos o planeta, ateamos o fogo, esculpimos a chama e modelamos o ouro. Somos sonhadores, criamos os mitos, destruindo barreiras rumo ao infinito. Inventamos a indústria, entramos em guerra, poluímos a água e aquecemos a terra. Derretemos o gelo e causamos tornados tornando a terra em continentes aguados.
Nós somos bons. Nascemos sem malícia e nem maldade nenhuma na cabeça, é a nossa sociedade que criou todos os nossos conflitos existentes no subconciente de cada um.
Mesmo depois da discórdia e da frustração, tenho certeza que nos falta uma luz para nos guiar. Uma luz que nos mostre o caminho e nos incentive a sermos seres humanos mais toleráveis e a cuidarmos da nossa paz.
Afinal, você acredita em heróis? Sinto muito, eles nunca existiram!
Você reza pra anjos? Todos eles caíram.
Texto baseado na música Anjos e Heróis da banda Yodo.
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