quarta-feira, 6 de abril de 2011

Por quê Dado Rock?


Muitas pessoas sempre me perguntaram porque utilizo o nome Dado Rock no Yodo, em redes sociais, msn. Espero aqui responder a pergunta de todos.

Todo ser humano, desde que nasce sempre tem sonhos. Esses sonhos de começo parecem impossíveis, para se tornarem prováveis, e logo inevitáveis. Quando criança eu, Leonardo Reis Nhochi (sim esse é meu nome completo) sonhava em ser um super-herói. Utilizar todos os meus dons divinos para o bem social, salvar os fracos e estabelecer a paz mundial, mas como todos sabem esse sonho é impossível, não se torna provável e muito menos inevitável. Logo pequeno, apesar de ter aprendido a falar muito cedo, ao me perguntarem meu nome, eu dizia DADO, por não saber soletrar o meu nome de forma satisfatória. Assim cresci com todos a minha volta me chamando de Dado.
Durante toda a minha infância, era aquele garoto que preferia ficar em casa brincando com meus bonecos, lendo meus gibis e fantasiando com a existência de realidades paralelas, a ir para a rua e brincar como todos. Assumo que todo esse processo me fez do jeito que sou hoje, e criou em mim um lado diferente do que todos veem, podendo assim dizer uma necessidade por um alter-ego. Sim! Um alter-ego!
Me recordo que na escola nunca me chamaram de Dado, e sim pelo meu nome, Leonardo. Me recordo também, quando ainda pequeno, me perguntaram uma vez o que eu gostaria de ser quando crescer. Minha mãe diz que eu dizia querer ser bombeiro, astronauta, policial... mas eu lembro de ter dito querer ser cantor de rock. É claro que no auge da minha infantilidade eu não poderia dizer super-herói com vergonha de ser zombado por todos.

A infância vai chegando ao fim dando lugar a puberdade e à adolescência. A inocência fica para trás dando lugar à uma consciência social mais aprofundada e concreta. Como todos os adolescentes, eu era muito ligado em música, mas por fator da minha infância ainda era ligado à fantasia de alguma forma. Essa fantasia começou a dar suas caras em forma de artes, como nos desenhos, pinturas, esculturas e tudo que o jovem Leonardo se metia a fazer. Não tardou muito a essas artes se voltarem para a música, e procurar como ponto de partida o estilo mais controverso e “heroico” dessa área: o Rock.

Assim comecei a ver que super-heróis realmente não existiam, pois como dizia Cazuza, “meus heróis morreram de overdose”, o que era muito comum nesse meio. Mesmo assim, os artistas dessa área eram tomados como heróis por seus fãs. Assim existiam os Guitar Heroes, grandes músicos que revolucionaram a história de seus instrumentos, e que me fizeram tomar gosto pelas 6 cordas ainda com 15 anos. Na minha cabeça a guitarra era como um instrumento pelo qual eu poderia expressar todos os meus sentimentos, mudar algo, usando-a como heróis da minha infância utilizavam os seus super-poderes. Claro que no a essa altura tudo fez sentido nessa cabecinha que viaja muito. Eu não poderia voar e nem mudar o mundo. Mas poderia conscientizar e inspirar pessoas, como aqueles heróis e músicos fizeram comigo.

Mas como todo bom super-herói ou artista, eu precisava de um nome de guerra, um alter-ego, ou um personagem no qual eu me apoiaria para fazer aquilo que como a pessoa Leonardo eu não faria. E essa foi a parte mais fácil, já que o apelido de infância ainda existia, e a soma de meus dois últimos nome soava como o nome do meu estilo de música favorito (Reis+Nhochi = Rochi = Rock), criando assim o meu personagem. Fala a verdade, nasci pra isso né? Leonardo nunca subiria em um palco, gritaria, e chamaria a bronca pra si, pois (pasmem) ainda é um rapaz tímido. Já Dado Rock faria isso! Claro que existem muitas situações em que o personagem Dado Rock invade minha vida como Leonardo. Pode parecer loucura, que eu tenho problemas de dupla personalidade, mas não é nada disso. Sou apenas um rapaz que conseguiu chegar em algum lugar com um sonho que me persegue desde criança, sem ter a mínima vergonha disso.

Leonardo (Dado Rock) não sonha mais em voar e nem em ter super-poderes. Mas acredita que a música pode mudar a alma de qualquer ser-humano, nos tornando mais fortes e acordando assim a criança que existe dentro de cada um de nós.

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